De há 9 anos para cá dia 4 de Setembro assinala-se como sendo o Dia Mundial da Saúde Sexual, quase sempre numa perspetiva física e anatómica quer do homem, quer da mulher. Iremos dar particular atenção à Saúde Sexual da Mulher, não por o ser, mas por ser um tema ainda negligenciado pela sociedade.
Desde muito cedo que a mulher, ou quando menstrua, ou quando inicia a atividade sexual recorre a um ginecologista. Na maior parte das vezes estas consultas servem meramente para prescrever um anticoncecional e para alertar e bem, sobre as doenças sexualmente transmissíveis (DST). Raras são as vezes que o profissional de saúde aborda a mulher como um todo e apenas lhe dá “ferramentas” para evitar uma gravidez, ou até mesmo uma doença, mas ninguém lhe diz como tirar o maior proveito dela própria.
Tendo em conta que a Organização Mundial de Saúde (OMS) refere que a saúde sexual é amplamente entendida como um estado de bem-estar físico, emocional, mental e social em relação à sexualidade, então porque é que na maior parte das vezes abordar o tema da sexualidade é motivo de constrangimento, de risinhos e embaraços? Quando na sua génese a sexualidade é tida como uma energia que motiva na procura do amor, do contacto, da ternura e da intimidade (…) que se integra no modo como sentimos, movemos, tocamos e somos tocados, é ser sensual e sexual ao mesmo tempo, influenciando por isso a saúde física e mental.